Como se de um castelo assombrado se tratasse, ultimamente os mercados financeiros têm tremido com os sustos dos “subprime”. Afinal, qual a verdadeira razão para este susto? Que medidas haverá para combater tamanho medo? Ao certo, parece que ainda ninguém sabe.
O problema do mundo financeiro é que padece de uma síndroma que a moderna medicina financeira não pode curar. Se tudo se resumisse a um simples problema de liquidez, os bancos centrais resolveriam o caso amanhã mesmo.
O problema não é a liquidez, é a insolvência, causada por demasiado crédito, não pela falta dele.
A maior fonte de dinheiro fácil é o dólar. A Fed imprime dinheiro como se não houvesse amanhã e até já deixou de publicar o seu índice M3, que mede a totalidade do dinheiro em circulação, para ninguém se assustar. Mas existe ainda quem meça este valor em privado e chegue a conclusões que não devem ser lidas nas proximidades de objectos cortantes.
Os mercados continuam receosos, os investidores a fugir para outra forma de investimentos, todos os dias existem novas notícias alarmistas a avisar para a crise do "subprime", mas a verdadeira razão continua por esclarecer, ou seja: qual será o período desta crise? Que consequências trará para os mercados financeiros? Qual a verdadeira dimensão da mesma? Enfim, perguntas que dificilmente irão ser respondidas, pois esta crise serve a muito boa gente, e continua, desta forma, a criar incertezas nos mercados.
Vamos navegando, assim, ao sabor dos ventos, os quais os americanos vão soprando para o lado que mais lhes convém, com o euro a escalar valores nunca antes atingidos, tornando assim a crise nos E.U.A. mais harmoniosa e domesticada.
Também é preciso resfriar as economias asiáticas, que parecem querer ultrapassar a americana e ter assim um maior protagonismo.
Será que a Europa ainda não cresceu, para poder caminhar pelos seus próprios pés e traçar os seus próprios objectivos?
A velha Europa que pague a factura, pois os americanos não têm tempo para gerir esta crise.
E nós por cá ficamos, no nosso castelo assombrado, à espera de muitos mais sustos.
* "Tubarão Farense" é o "nickname" de Luís Barão, 32 anos, de Faro, Gestor Mediadores da Companhia Seguros FIDELIDADE-MUNDIAL, de Faro
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
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